quarta-feira, 27 de junho de 2012

SEXO NO PRIMEIRO ENCONTRO

Bebedores de cerveja são mais propensos a fazer sexo no primeiro encontro


Não bastasse a ansiedade de convidar a pessoa para sair, você ainda precisa bancar o detetive durante o primeiro encontro para saber se, digamos, dá para engatar um relacionamento ou não. Você quer saber muitas coisas, mas há poucas perguntas que alguém pode fazer – a menos que não se incomode em parecer um psicopata ou sem-vergonha.

Pensando nisso, o criador do site de encontros OkCupid, Christian Rudder, perguntou aos seus usuários “Quais perguntas são fáceis de fazer e, ao mesmo tempo, têm relação com aquilo que é importante para o outro?”. Depois de analisar as 776 milhões (sem brincadeira) de respostas, ele chegou a algumas perguntas-chave.

Ao se deparar com sugestões do tipo “Se você fosse devorado por canibais, como gostaria de ser preparado?”, Rudder achou mais sensato filtrar o material algumas vezes usando estatísticas, analisar o que sobrevivesse e comparar com outros dados obtidos no site. Vamos aos resultados.



Se você quer saber “quais as chances de o(a) outro(a) querer fazer sexo no primeiro encontro”, pergunte “você gosta de cerveja?”. “Não importa seu gênero ou orientação sexual: amantes de cerveja são 60% mais propensos a dormir com quem acabaram de conhecer”, escreveu Rudder no blog do OkCupid.

Enquanto a maioria das pessoas acha melhor perguntar sobre assuntos mais sérios, como religião ou relacionamentos, Rudder sugere que é possível avaliar a compatibilidade do outro com mais facilidade usando as seguintes questões, aparentemente triviais:

1) Não seria legal largar tudo e viver em um veleiro?
2) Você gosta de filmes de terror?
3) Você já viajou sozinho(a) para outro país?

“Essas questões estão ligadas a um traço de personalidade chamado ‘busca por sensações’ ['sensation-seeking']“, diz o psicólogo Douglas T. Kenrick, em texto publicado no blog da revista Psychology Today. “Os dados de Rudder sugerem que a incompatibilidade na busca por sensações pode ser ainda mais relevante do que aquela relacionada a religião ou sexo”, diz. Ou seja, pessoas que respondem a mesma coisa às perguntas acima têm mais chance de darem certo.

Embora Kenrick ressalte que é preciso ter cuidado para não chegar a conclusões precipitadas, ele reconhece a importância de questões relativas à busca por sensações. “São uma boa maneira de determinar sua compatibilidade futura com um parceiro, indepentendemente de vocês gostarem da mesma cerveja”.[Daily Mail UK] [Blog OkCupid] [Blog Psychology Today]

terça-feira, 26 de junho de 2012

Pandemia da gripe aviária (H5N1) é possível


Pandemia da gripe aviária (H5N1) é possível


A gripe aviária, também conhecida pela sigla H5N1,
mata mais da metade dos infectados, mas desde que foi descoberta, em 2003, apenas 332 pessoas morreram dela, e isto por que ela não é transmitida por via aérea, só por contato direto entre aves e humanos.

Dilema letal
Agora, foi publicado um dos trabalhos escolhidos pelo site Wired como os mais importantes de 2011, que trata de uma descoberta aterrorizante: cinco mutações bastavam para que o vírus H5N1 passasse a ser transmitido pelo ar. Uma gripe tão letal causaria uma pandemia se pudesse ser transmitida como a gripe comum ou a gripe suína, por espirros e tosse.
Assim que o cientista Ron Fouchier, do Erasmus Medical Centre, em Roterdã, Holanda, anunciou que havia identificado as mutações, surgiu a polêmica: publicá-las ou não publicá-las. Temia-se que laboratórios produzissem a cepa com mutações para praticar o bioterrorismo, ou que um acidente ou falha na segurança das amostras resultassem em um vazamento do vírus letal para a atmosfera. Nos dois casos, terror e morte se seguiriam.
Depois de muita discussão, foi decidida a publicação do trabalho científico com todos os detalhes das mutações. A esperança dos cientistas é que a publicação permita o desenvolvimento de vacinas e uma rotina de investigação em campo das mutações existentes, para verificar se alguma cepa na natureza possuía alguma das mutações necessárias – a estimativa é que se alguém for infectado por uma versão com duas das mutações, nos cinco dias de infecção normal as outras três mutações poderiam ocorrer, e o vírus poderia passar a ser transmitido por espirro e tosse.
Família problemática
O Influenza A é uma “família” de vírus que ataca aves e alguns mamíferos. Os diferentes membros desta “família” recebem um nome relacionado à hemaglutinina (H) e à neuraminidase (N) específicas. Existem 17 diferentes hemaglutininas, de H1 a H17, e 9 diferentes neuraminidases, de N1 a N9. A gripe suína tem a hemaglutinina tipo 1 e a neuraminidase tipo 1 também, por isto seu “nome” é H1N1. Mas ainda é um vírus Influenza A.
Diferentes combinações H e N resultam em vírus que são mais ou menos perigosos, que atacam uma ou várias espécies. O vírus H5N1 por enquanto é bastante virulento para aves, tendo matado milhões delas, e também é letal para seres humanos, mas não tão virulento, pois não é transmitido por via aérea.
Sintomas
As pessoas que foram infectadas pelo H5N1 “pegaram” a versão do vírus das aves, já que ainda não existe uma versão para humanos, o que implica que o vírus vai causar uma pneumonia viral. Os sintomas comuns são febre, tosse, dor de garganta, dores musculares, conjuntivite e, em casos severos, problemas respiratórios e pneumonia que pode ser fatal.
A severidade da infecção depende em grande parte do estado do sistema imunológico da pessoa infectada e se ela já havia sido exposta ao vírus anteriormente (o que a deixaria parcialmente imune). Não se sabe se a versão para humanos terá outros sintomas.
Por enquanto, o vírus que está causando mais problemas é o da gripe suína, a H1N1, que já está causando mortes também neste inverno. Fique alerta aos sintomas desta gripe e, se puder, vacine-se.
[NewScientist, New York Times, BBC, foto de Eneas]

quarta-feira, 20 de junho de 2012

HUMMMMM - PENSAMENTO BOVINO!

Já ouviu falar em “pensamento bovino”? É como alguns chamam o famoso “hmmm…”, um dos maiores coringas dos diálogos, junto com o igualmente célebre “pois é”.

Você provavelmente não o aprendeu durante uma aula de Português, e ele raramente aparece em um dicionário. Gramaticalmente falando, é uma “interjeição”, ou seja, uma palavra que expressa emoções, estados de espírito, sentimentos. O próprio significado varia conforme o tom: pode significar “não gostei”, “boa ideia!” ou “espere um pouco enquanto penso numa resposta”. O significado muda com o contexto da conversa, também.

De onde veio a expressão? “Não tenho uma teoria para isso”, disse o linguista Anatoly Liberman, da Universidade de Minnesota (EUA) e especialista na origem de palavras. “Pode ter vindo do Inglês ou do Francês. Mas você não consegue traçar sua longa trajetória”.

Ele sugere que o “h” substitui a respiração que antecede a fala, e o “mmm”, emitido sem abrir a boca, indica que você não tem certeza do que dizer. O fato de você emitir o som indica que, pelo menos, continua envolvido na conversa.

Para o psicólogo Nicholas Christenfeld, da Universidade da Califórnia (EUA), especialista em “pausas em diálogos preenchidas” (!) a expressão é popular justamente porque é um som neutro “mais fácil de ser dito do que qualquer outra coisa”. “Hmmm…”, pensaram vocês.[Live Science]

segunda-feira, 4 de junho de 2012

NÓS EM DOIS LUGARES AO MESMO TEMPO...

Uma ambiosa experiência teria o poder de fazer com que uma esfera de vidro esteja em dois lugares ao mesmo tempo pode fornecer o mais sensível teste prático da teoria quântica até agora.

Tal experimento seria colocar uma minúscula esfera que contém milhões de atómos – tornando-se maior do que muitos vírus – em uma sobreposição de estados em diferentes lugares. A experiência precisa ser realizada em alto vácuo e em temperaturas extremamente baixas.

A ideia é atirar um laser dentro de uma esfera de vidro de 40 nanômetros de diâmetro enquanto ela estiver dentro de uma pequena cavidade. Isso deve forçar a esfera a saltar de um lado da cavidade para outro. Mas, como a luz é quântica na natureza, assim também será a posição da esfera, que estará em uma sobreposição quântica.

Em 2010, um experimento parecido foi realizado, no qual pesquisadores demonstraram que seria possível criar sobreposições em uma tira de metal de 60 micrometros de comprimento. No entanto, a separação física associada com os dois diferentes estados da tira foi de apenas 1 fentometro, a largura do núcleo de um átomo.

A nova experiência, ao contrário, pretende colocar a esfera de vidro em dois lugares totalmente diferentes de uma só vez, sem sobreposição. A proposta é que o centro da massa seja colocado em sobreposição de localizações espaciais separadas por uma distância maior que o tamanho do próprio objeto.

Outros experimentos atômicos já alcançaram uma boa separação, mas essa nova experiência propõe fazer o mesmo com objetos macroscópicos. Isso será importante para as futuras pesquisas da mecânica quântica. Só nos resta esperar para ver se os cientistas serão capazes de realizar tal façanha. [New Scientist]