Por que o Brasil está sendo desflorestado?
Soja e criação de gado continuam sendo os vilões principais da devastação na
Amazônia. É o que revela um estudo do Centro de Pesquisas
Ambientais e Climáticas Internacionais de Oslo (CICERO, na sigla em inglês), da
Noruega. Os cientistas explicam, no entanto, que a culpa está longe de caber
exclusivamente ao Brasil. Todos os países com elevados níveis de consumo e
emissões de gases têm responsabilidade sobre o problema.
Grande parte da guinada que o Brasil teve em sua economia, na última década, se deve à soja e à carne. A ampla janela de exportações (em boa parcela para países também emergentes, como a Rússia e China) ocasionou um aumento brutal do número de latifúndios e pastos, o que deu margem a níveis alarmantes de desmatamento.
Como se não bastasse a devastação da fauna, tais atividades econômicas
impulsionam a emissão de CO2. Nos últimos dez anos, o Brasil emitiu 2,7 bilhões
de toneladas de gás carbônico. Deste valor, 29% estão associadas ao plantio da
soja e 71% à criação de gado.
Nem só de russos e chineses, no entanto, se faz o consumo acelerado destes produtos. O próprio mercado interno brasileiro absorve ampla porcentagem da produção. Estas discussões estiveram em alta durante a tramitação do Novo Código Florestal Brasileiro, aprovado no dia 25 de maio de 2012.
Ambientalistas de várias organizações criticaram a flexibilização das leis de proteção da floresta em prol do aumento de produtividade do agronegócio. No acordo, os parlamentares brasileiros preveem anistia a empresas que desmatarem, livrando-os da obrigação de recompor a mata. A proteção sobre as Áreas de Preservação Permanentes (APPs) fragilizou-se com a nova lei.
Grande parte da guinada que o Brasil teve em sua economia, na última década, se deve à soja e à carne. A ampla janela de exportações (em boa parcela para países também emergentes, como a Rússia e China) ocasionou um aumento brutal do número de latifúndios e pastos, o que deu margem a níveis alarmantes de desmatamento.
Nem só de russos e chineses, no entanto, se faz o consumo acelerado destes produtos. O próprio mercado interno brasileiro absorve ampla porcentagem da produção. Estas discussões estiveram em alta durante a tramitação do Novo Código Florestal Brasileiro, aprovado no dia 25 de maio de 2012.
Ambientalistas de várias organizações criticaram a flexibilização das leis de proteção da floresta em prol do aumento de produtividade do agronegócio. No acordo, os parlamentares brasileiros preveem anistia a empresas que desmatarem, livrando-os da obrigação de recompor a mata. A proteção sobre as Áreas de Preservação Permanentes (APPs) fragilizou-se com a nova lei.
Os cientistas noruegueses
afirmam que a Europa vê a proteção da floresta amazônica como um problema
global, não mais limitado ao Brasil. Por essa razão, deve aumentar nos próximos
anos a pressão da comunidade internacional para que as leis de proteção
existentes, ainda que distantes do que os ambientalistas desejariam, sejam
cumpridas. [Science Daily / Mongabay / Diário do Grande ABC]
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