7 maneiras de enganar seu cérebro
Graças a uma série de “atalhos mentais”, o cérebro humano é capaz de
economizar tempo e energia na hora de interpretar informações. Existe, porém, um
risco: ao pular etapas, podemos cair em ilusões e truques. A seguir, você
conhecerá 7 maneiras de aproveitar esse calcanhar-de-Aquiles (e algumas outras
limitações) do cérebro para “enganar” seus amigos.
Muita gente se engana porque associa as palavras “animais”, “Bíblia” e “arca”
e dá uma resposta rápida, ainda que incorreta. Ao acessar automaticamente seus
conhecimentos sobre o Antigo Testamento, a pessoa mal percebe que Moisés não era
a figura em questão. Isso vale com várias outras frases, como “Qual a cor do
cavalo branco de Napoleão Bonaparte?”. A resposta já está na pergunta, mas
distraída pela mesma, a pessoa às vezes não percebe.
Se você respondeu “Lolô” ou “Lulu” ou algum nome parecido com o das outras irmãs, errou, porque não percebeu que a resposta correta está no começo da frase: Joana.
Em nome da eficiência, nosso cérebro é condicionado a buscar padrões em toda parte (no caso, as três primeiras filhas têm nomes com duas sílabas começando em L e terminando em uma vogal). Como a resposta correta foge do padrão, não pensamos nela de imediato – e, já que é aparentemente óbvia, não procuramos por ela no início da pergunta.
Veja a foto acima e diga o que há de errado nela. Nada? Engana-se: a palavra “you” (“você”, em inglês) aparece duas vezes no cartaz, mas o seu cérebro não presta atenção nela quando lê a frase pela primeira vez, porque não precisa dela pra entender. Isso é reflexo de outro “atalho cerebral” que exclui informações que parecem desnecessárias.
O cartaz possui a frase: “THINK YOU / YOU CAN’T BE FOOLED?”, que significa “Pense você / Você não pode ser enganado?”, mas a primeira vez que lemos, pensamos que o que está escrito na verdade é “Você acha que não pode ser enganado?”, por isso o cartaz imediatamente tira sarro da nossa cara, informando: “Você acabou de ser”.
Se você assistir ao vídeo acima e focar no ponto vermelho, os pontos amarelos vão simplesmente “sumir”, pois são interpretados pelo cérebro como pouco importantes e como parte do fundo – algo similar a o que é citado no item acima, mas visualmente.
Veja o ônibus acima e responda rápido: pra que lado ele está indo? A resposta correta é “para a esquerda”, porque a porta de um ônibus fica sempre do lado direito, que não aparece na imagem (é como se a porta estivesse do “lado de lá” do ônibus, de frente para quem está na calçada, não para nós, que estamos olhando para o lado esquerdo do veículo). Se você anda de ônibus frequentemente, talvez não tenha tido problemas para responder. Por outro lado, se faz tempo que você não anda de ônibus, é possível que não tenha se lembrado desse detalhe – por uma questão de eficiência, o cérebro deixa certas informações menos acessíveis, para dar lugar a outras, mais recentes ou mais relevantes.
7. Questão bíblica
Não é preciso ter ido a todas as aulas de catequese para responder a esta pergunta: de acordo com a Bíblia, quantos animais de cada espécie Moisés colocou na Arca? Se você respondeu “dois”, errou, porque quem colocou animais na Arca foi Noé, não Moisés.6. A mãe de Joana
A mãe de Joana tem quatro filhas: Lalá, Lelé, Lili e…?Se você respondeu “Lolô” ou “Lulu” ou algum nome parecido com o das outras irmãs, errou, porque não percebeu que a resposta correta está no começo da frase: Joana.
Em nome da eficiência, nosso cérebro é condicionado a buscar padrões em toda parte (no caso, as três primeiras filhas têm nomes com duas sílabas começando em L e terminando em uma vogal). Como a resposta correta foge do padrão, não pensamos nela de imediato – e, já que é aparentemente óbvia, não procuramos por ela no início da pergunta.
5. Corretor automático
Veja a foto acima e diga o que há de errado nela. Nada? Engana-se: a palavra “you” (“você”, em inglês) aparece duas vezes no cartaz, mas o seu cérebro não presta atenção nela quando lê a frase pela primeira vez, porque não precisa dela pra entender. Isso é reflexo de outro “atalho cerebral” que exclui informações que parecem desnecessárias.
O cartaz possui a frase: “THINK YOU / YOU CAN’T BE FOOLED?”, que significa “Pense você / Você não pode ser enganado?”, mas a primeira vez que lemos, pensamos que o que está escrito na verdade é “Você acha que não pode ser enganado?”, por isso o cartaz imediatamente tira sarro da nossa cara, informando: “Você acabou de ser”.
4. Cegueira induzida
Se você assistir ao vídeo acima e focar no ponto vermelho, os pontos amarelos vão simplesmente “sumir”, pois são interpretados pelo cérebro como pouco importantes e como parte do fundo – algo similar a o que é citado no item acima, mas visualmente.
3. Tempo de processamento
O experimento do atraso de flash (“flash lag”) mostra, de acordo com o pesquisador Dean Buonomano, a “dificuldade em detectar com precisão o posicionamento de um objeto durante outro evento”, explicada em parte pelo intervalo entre o momento em que algo ocorreu e o momento em que nosso cérebro processou esse acontecimento.
Clique aqui para fazer o experimento. Aperte o botão “Start”, e siga
com os olhos a bolinha azul. Um flash vai aparecer
no canto superior direito em algum momento. Em seguida, você deve escolher com o
cursor o ponto em que você acha que a bolinha estava quando surgiu o flash. Você
provavelmente vai pensar que o ponto está bem à frente (ou pelo menos um pouco à
frente) de onde ele realmente estava.
2. O ônibus
Veja o ônibus acima e responda rápido: pra que lado ele está indo? A resposta correta é “para a esquerda”, porque a porta de um ônibus fica sempre do lado direito, que não aparece na imagem (é como se a porta estivesse do “lado de lá” do ônibus, de frente para quem está na calçada, não para nós, que estamos olhando para o lado esquerdo do veículo). Se você anda de ônibus frequentemente, talvez não tenha tido problemas para responder. Por outro lado, se faz tempo que você não anda de ônibus, é possível que não tenha se lembrado desse detalhe – por uma questão de eficiência, o cérebro deixa certas informações menos acessíveis, para dar lugar a outras, mais recentes ou mais relevantes.
1. Dinheiro na mão
Mesmo que o faça com rapidez (cerca de 0,1 segundo), o cérebro precisa de um tempo para processar o que você vê. Para testar isso, pegue uma moeda de um real, chame um amigo e peça para ele ficar com a mão perto da moeda e com o polegar e o indicador próximos; segure a moeda a poucos centímetros da mão dele e o desafie a pegá-la apenas com os dois dedos, sem mexer a mão ou o braço, assim que você largar. Ele não vai conseguir (a menos que seja por sorte), porque até que o cérebro dele entenda que a moeda está caindo, ela já passou pelos dedos dele.
Esse intervalo deve ser
levado em conta especialmente no trânsito, quando 0,1 segundo de distração pode
resultar em um acidente.[LiveScience]